sábado, 30 de maio de 2009

Por quantas vezes eu deixei o dito pelo não dito.
Por quantas vezes eu destrui o que poderia ser pelo medo do não ser.
Por quantas vezes não bateu aquela vontade de desistir no meio do caminho.

Aquela voz ainda diz: "- Vai, vai sim. Ainda da tempo de correr pra casa."

AI. AI. AI.

E eu sou do tipo que corre?

HAHAHA

E eu ainda tento adivinhar se tenho sangue frio ou estômago forte.

Pode vir como quiser.

Engulo fogo e guspo gelo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

As vezes eu só gostaria de ter um bom dia para dormir bem a noite.

As vezes, de madrugada, desço as escadas e passo por todas as salas e volto para a principal me perguntando: de que me vale?

Quem nunca chorou ao ver todos os cômodos tão vazios.

Ah como eu sempre gostei da solidão.

Desde pequena.

As vezes eu me perguntou se eu realmente gosto ou se fui condicionada para sentir isso.

Já faz 20 anos.

Quantas vezes eu já senti uma presença carinhosa comigo enquanto criança?

Hmmmmmm...não me lembro, meu bem.

Mas no meio do caminho eu sofri um desvio...

Uma parte minha quer sair dessa solidão.

Uma parte minha chora todas as madrugas enquanto anda pela casa vazia.

(robe branco, whisky, cigarro)

Um parte minha ainda se revira na cama quando consegue chegar até ela.

Talvez eu queria deixar todo o lado escuro de lado.

Talvez meu passado não me interesse mais.

Talvez mas de talvez não se vive.

Eu quero, eu quero muito.

Mas esta difícil.
TSC, TSC, TSC.

Ele fica fazendo o dia inteiro: "TSC TSC TSC" no meu ouvido.

PARA.

TSC, TSC, TSC.

Desde pequena eu ouço esse barulhinho infernal.

Lembranças vazias.
Lembranças frustradas.
Lembranças escuras.

TSC, TSC, TSC.

Não me ajoelho mas peço "por favor".

PARE COM ESSE TSC, TSC, TSC.

sábado, 23 de maio de 2009

Eu li meu blog antigo hoje.

Eu vi as fotos antigas hoje.

Ah! Que saudades.

Saudades dos amigos, dos amores, dos lugares, do vento.

Ah que saudades

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tomar um café, fumar um cigarro, ouvir Johnny Cash e sentir o vento entrar pela porta...tudo isso me leva longe, dou de encontro com todas essas lembranças distantes.

Lembranças que nem eu sabia que existiam.
Lembranças do futuro.

(ar quente se mistura com o ar frio)

Ah como eu queria.
Ah como eu quero.

Onde foi parar toda minha coragem? As vezes me pergunto se um dia ela existiu.

Sim, ela existiu e você já pode toca-la.
Eu só pude senti-la.

Quero me transformar no bem, no amor e na paz.
Quero contar pra vocês tudo que sei dessa vida.
Quero contar tudo que sei sobre a próxima
Quero contar também sobre a que passou.

(manjericão, vento)

Quero que você me conheça.
Quero conhecer você.

Quero tanta coisa.
Uma coisa de cada vez.

(...)

O que precisa ser feito?

Gritar mais alto.
Correr mais rápido.

Diminuir o ritmo, talvez...

(...)

Nunca irei correr mais rápido que você.
Nunca irei gritar mais alto.

Por apenas dois motivos.

Quero correr ao teu lado.
Quero falar, que assim você poderá me ouvir.

Quero seu abraço, seu beijo e seu sorriso.

(Ah! E como eu gosto daquela pintinha debaixo da sua boca, um beijinho nela.)

(E os pontinhos? São frases que retirei por cautela)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Meta do dia: ser mais racional.

Não, do dia não.

Meta da vida, meu bem.

Tudo que vai volta.

Não, isso não foi uma ameaça.

Eu só acabei dando de cara com um poste.


(HAHAHA)


Só rindo pra não chorar.


(HAHAHA)


A única ameaça que fiz um dia foi: “Conquiste-me se for capaz”.

Ai saca só, preta bem atenção.

Entrei pelo cano.

Desde então nunca mais ameacei ninguém.


(HAHAHA)


Desviei no poste.

Mas cai no buraco.

Rindo, rindo muito.



quarta-feira, 20 de maio de 2009


A primeira vez que estive lá achei o lugar familiar, mas fiquei bem quieta no meu canto.

Na segunda vez eu realmente percebi que já tinha estado lá.

Não em corpo, mas em sonhos.

É FATO.

Ninguém vai me falar que é loucura pois eu vi.

Eu senti.

Eu ainda sinto mas não com a mesma intensidade.

Sinto que, pois bem, eu não sei o que sinto em relação a isso.

Só sei que já vi.

Já senti.

Já vivi.

Já venci.

Mas não vou deixar para lá.

É a minha vida, é uma vida, é uma história.

(E EU NÃO CONSIGO PARA DE ESCREVER BESTEIRA, NUNCA MAIS)
Todos os dias eu olho para o espelho e grito: "CALE A SUA BOCA"

Todos os dias eu travo batalhas intermináveis com aquela voz mais baixinha da minha mente.

Todos os dias eu tomo meu café amargo.

"- Açucar ou adoçante."

"-Puro por favor e triplo."

Todos os dias eu bebo em uma virada.

É só pra aquecer a alma.

(E quem sabe o coração)

Todos os dias eu choro.

Todos os dias eu dou risada até chorar.

Todos os dias eu amo.

Todos os dias eu vivo.

Isso é fato.

(alguémviuminhacriatividade.quemachardeixenacaixadecorreio.grata)
As malas estão prontas
Os telefones desligados
E assim eu vou

Vou embora
Vou embora de verdade
Para longe dessa cidade

E veja bem, eu nem sofro, vou de um lugar ao outro, sem deixar meu coração mas levando alguns na bagagem

Vivo assim e morrerei assim

Só é inteiro quem já provou do amor, dos amores, eu amo

Amo sim, a natureza, as pessoas e o animais

Porque prender esse meu amor que sinto na pele, nos calafrios, egoísta, egoísta!

Meu amor não é seu, é meu

Aceite, mas na hora de devolver, devolva

Meu amor é livre, amor não é eterno
Eu nunca disse que seria...

Um dia vão me provar ao contrário,um dia...enquanto isso eu viajo

Mas me calo, o destino leva duas pessoas ao encontro
E não o próprio encontro

E veja bem, eu nem sofro

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Me reinventei.

Eu vi o começo, o meio e o fim
E não corri

Pelo contrário, eu fui enfrente
Vendada e de mãos atadas

Por um tempo eu acreditava não ter o que perder

Sigo assim, o que conseguimos é lucro

Pois o mais importante eu tenho guardo dentro de mim
Intocável

E se um dia essa muralha cair
Ela vai cair
Alguém tem que entrar

Eu tenho tanto para escrever que vou me calar por mais um dia
Quem sabe dois, uma semana
Alguns poucos meses, muitos anos

Só queria poder, eu só queria poder
Sinto tanto que não posso escrever

Eu me pergunto porque nunca posso ficar
Eu quero ficar
Não sei por onde começar, não quero o começo, o começo é sempre igual e excitante, mas quem consegue começar pelo meio ou pelo fim.

Quem tem garra?

Não me atrevo a levantar a mão, sou apenas uma aprendiz.

Sem meio o começo vira fim.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eu odeio a forma como você grita comigo!
Odeio mais ainda a forma como eu grito com você...

Já faz 5 anos e nós ainda gritamos como se tivessemos 15 anos.
O tempo passou, nós mudamos, eu vi a distância crescer, vi a distância diminuir.

E nós continuavamos gritando.

Eu não te ouço mais, nem você me ouve.

A ilusão de que por meio de gritos alguma coisa vai entrar na minha ou na sua cabeça ainda existe.

Não, não existe mais. Eu matei-a.

Você sempre gostou das ilusões e eu sempre as odiei.

Apesar de tudo eu me lembro dos dias que eu chegava de madrugada e você estava acordado e gritando.

Me lembro das vezes que eu entrava no ônibus e você corria atrás de mim, se ajoelhava e eu chorava.

Lembro também de quando eu te ligava de madrugada chorando e você ia dormir comigo, assim eu me acalmava.

E as vezes que eu chegava de madrugada na sua porta, te ligava e você desci sorrindo e falava: - Eu estava te esperando - era mentira, mas era a nossa mentira.

Me lembro do dia que eu mandei você pro inferno, desejei que você morresse para sempre por alguns segundos. Você foi embora e depois de 10 minuto você voltou com o coração sangrando nas mãos.

Lembro de quando você segurou minha mão por todo o tempo que estive doente.

E o pior de tudo, eu ainda lembro do dia que eu fui embora. Do dia em que você correu, do dia em que você morreu.

E foi a primeira e última vez que abri um livro fechado e empoeirado.

Eu ainda choro a noite.

Você ainda grita, aqui dentro.