sábado, 4 de abril de 2015

Só a gente sabe como é andar por tanta gente e não conseguir achar o olhar daquele que faz seu coração bater mais rápido.
Uma cama desarrumada e quente.
As roupas nos chão.
Garrafa de cerveja na mão.
Uma bituca ou outra no cinzeiro.
O coração continua a milhão.

Quem me dera.
A verdade seria:

Uma cama arrumada e fria (me da até calafrios).
As roupas engomadas no cabide.
Uma garrafa de whisky pelo fim.
Um milhão de bitucas no cinzeiro.
Um ou outro pedaço de coração.

E eu que jurei não querer ouvir tua voz sempre vibro quando você me diz qualquer besteira.
E eu que jurei ser imune, pois bem dessa vez eu tirei a armadura.

Mas não se preocupe por mim, tudo nos ajuda nessa caminhada.

Você me fez crescer, sabia?
Mais do que deveria.
Mais do que eu queria.

Posso não brindar com você em uma cama desarrumada por noites em claros.
Mas sei que podemos brindar - e muito - em uma mesa rodeados de amigos.

Isso soa tão cafona.
E o pior que é verdade.

Não escrevo essa carta a um amante.
E sim a um grande amigo.
Abri o livro. E quem vai me segurar agora?

Ouço as pessoas gritando.

Vejo os pensamentos voando.

Sinto as pessoas rastejando.

Sinto também que estou me desfazendo

Ei você, não corra com meu sorriso.

Pega cachorro, devolva o meu osso.

Comi, comi todos os seus dedos regados a pimenta.

Arder arde mas mesmo assim é doce.

Começo pelos dedos, acabo nos dedos.

Dos pés meu bem, dos pés.

UOOOOOOOOOOOU

Ouça a minha ironia.

Meu arrepido.

ARREPIO!

E agora, quem vai me segurar?

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ouvi dizer que o vermelho é a cor do amor. Então conte-me como não ama meus vestidos, meu lábios, meu sangue e todos os meus fios de cabelo. 
Pois fica cada vez mais difícil não amar cada pedaço seu, cada palavra, cada sorriso, cada gemido. 

Tudo que era belo e vermelho, começa a ficar cinza. E talvez azul. 


Você cobra-me rimas e amor em horários comerciais. 


E tudo que posso te dar são palavras soltas. 

E amor, aos montes, até arder em vermelho.

 Assim, sem sentido algum

 eu quero você.
Talvez seja uma lição
Talvez só ilusão

Talvez eu até mereça

Não importa mais a posição em que jogo
Em que degrau me encontro

As palavras não saem
Nem deveriam

Escondo meus pontos fracos

Talvez eu consiga mante-los longe da superfície
Talvez eu consiga não me magoar
Mesmo querendo tentar

Talvez assim eu consiga te mostrar...





Não sei bem o que é.
Não sei bem de onde vem.
Nem pra onde vai.

 Pensei não saber dos sentimentos - tentei não saber.
Tentei esconder, ficar quieta.

 Porém, não faço o gênero, não escrevo direito, talvez nem bem.
Concordância é algo que não pertence ao meu ser.
Eu amo vírgulas, até as inúteis. Será que posso?

 Continuarei de olhos vendados, e de mãos atadas. Será que consigo? Se um dia você quiser, sabe aonde desatar os nós.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sinto como se a cidade inteira estivesse morta
Não sinto mais a pulsação do planeta

Talvez eu esteja sozinha aqui
Talvez eu não me importe o suficiente

Querido você continua aí?
Ou será que nunca existiu?

Podemos morrer.
E se sobrevivermos?

Eu não sinto
Bem ou mal
Eu não sinto

Você consegue ver dentro dos meus olhos?
Você consegue notar a falta de respiração?

Estamos adormecidos ou mortos?